resenha
Quanto vale ou é por quilo?
ALUNA: Susyanne Ribeiro da Silva Santos
PROFESSORA: Dr Ludymila
RESENHA CRÍTICA DO FILME QUANTO VALE OU É POR QUILO?
O filme retrata várias cenas retiradas do Arquivo Nacional e também de um conto de Machado de Assis, ‘Pai contra Mãe’, sobre a época da escravidão, de como os negros eram tratados como produtos e de como estes produtos rendiam lucros. Duas histórias se entrelaçam mostrando que pouca coisa mudou daquela época pra cá, no sentido dessa exploração do ser humano, em principal das populações pobres e negras. Uma frase interessante nas primeiras cenas é a de uma alforriada e um branco, donos de escravos, onde este rouba um escravo dela e, ela, ao ir atrás da recuperação de seu escravo, aos berros, diz “a minha violência está nos meus direitos”, mas em vão, pois além de não recuperá-lo, vai presa por desordem.
Há outro momento interessante no filme que trata dos empreendimentos de empresas nas relações sociais, destaco a frase „Quem financia a solidariedade está preocupado com o retorno‟, dito pelo personagem Marco Aurélio Silveira, diretamente ligada ao caso das amigas Maria Antônia e Lucrécia que tiveram uma amizade lucrativa, Maria tendo se beneficiado com o investimento de solidariedade com a amiga e Lucrécia tendo conseguido sua tão sonhada liberdade. Há também uma denuncia a relação da época da escravidão com os dias de hoje e o jogo de interesse que pode haver, nas instituições beneficentes, ONGs e etc. No filme também é mostrado que são investidos 100 milhões de dólares ao ano para entidades apenas referentes ao cuidado de crianças abandonadas - que passam de 10 mil -, isto é, para cada criança, poderiam ser investidos, diretamente, 10 mil dólares. Não podemos como na política também, dizer que todas as instituições se encaixam nesse quadro de corrupção. O diretor do filme, Sérgio Bianchi, mostra bem o cúmulo de ignorância e inércia na não modificação de conceitos