Resenha
José Saramago coloca bem claras várias situações complexas no mundo, como os conflitos de vários países e mostra fotografias da Índia, Angola e de Israel, retratando crueldades absurdas, o que choca os leitores, mas para o autor isso é comum pois faz parte da história do mundo. Como no Vietnã existiram mortes cruéis, e em Hiroshima e Nagasaki houve as bombas atômicas, entre outros conflitos. Um horror que já é conhecido por todos, e que sempre é justificado em nome de “alguém maior”, Deus.
O autor deixa bem claro que as religiões, sem exceção, nunca iram unir e disseminar felicidade, amor e paz para nenhum indivíduo, e sim fundamentar-se em sofrimento, angustia, tristeza e guerra. Não somente a guerra de lutas bárbaras, cruéis e dolorosas fisicamente, como ocorreu e ocorre em Israel, mas sim da guerra para o dito Deus, que é bondoso e generoso a um nível acima de qualquer outro ser vivo. Para os religiosos, os indivíduos que são contra esse Deus merecem a morte, o inferno, e os que estão a favor desse dito Deus, que seguem suas regras e normas vão ser recompensados com a vida eterna no paraíso.
Ele cita também Nietzsche que acredita que tudo é permitido se Deus não existisse, mas por causa de Deus é que se permite justificar tudo, principalmente o horror. Cita a Inquisição como uma facção terrorista, como os talibãs, que coíbem todo ser que não acredite nas interpretações dos textos sagrados como foi dito por eles, nunca existirá