Resenha
O preconceito surgiu antes dos séculos de escravidão e miséria, na antiguidade greco-romana já existia o preconceito cultural contra os escravos que na sua maioria eram brancos (Snowden 1983, 1995), e desde então os direitos humanos avançaram, porém ainda estão longe de sanar o problema.
Existem inúmeros grupos socialmente desvalorizados, existem tantos tipos de preconceito quantos tipos de grupos minoritários existentes, onde encontramos as mais variadas formas, o mais comum, em função das características físicas e fenotípicas do individuo, o preconceito racial. No Brasil 90% das pessoas se considera não racista, e o mesmo percentual acredita que existe racismo no país (Turra & Venturi, 1995).
Segundo Lima & Vala (2004) o racismo constitui-se num processo de hierarquização, exclusão e discriminação contra um individuo ou toda uma categoria social que é definida como diferente, com base em alguma marca física externa (real ou imaginaria). Nos séculos de escravidão a exploração do trabalho era aberta, pois eram normas sociais da época, após algumas mudanças da sociedade perante o problema como a declaração dos direitos humanos em 1948, o preconceito e o racismo modificaram-se, mas isso não significou o fim do racismo, mas novas formas de preconceito, formas sutis e indiretas expressadas através de brincadeiras, sem a intenção de ofender ninguém, relações interpessoais cotidianas, piadas, ditos populares, mais difíceis de serem identificados e consequentemente mais difíceis de serem combatidas e modificadas.
Gordon Allport (1954) traçou linhas fundamentais que definem as principais perspectivas de analise do preconceito na atualidade, para Allport, o preconceito pode ser definido como uma atitude hostil contra um individuo,