Resenha - É certo ou errado falar assim?
Lorena Rany Silva Soares
Curso de Letras – Inglês
Metodologia Científica
Professora Tauanne Amaral
RESENHA
BAGNO, Marcos. É certo ou errado falar assim? In:____ Não é errado falar assim! Em defesa do português brasileiro. São Paulo. Parábola Editorial, 2009. Cap. 1, p.15-29.
Marcos Bagno, doutor em língua portuguesa pela Universidade de São Paulo, no capitulo um de seu livro “Não é errado falar assim!” defende um posicionamento contra o preconceito linguístico e defende da diversidade linguística. Ele comenta ainda que os fatores levam a população em geral classificar tais diversidades como erro e tratá-las como preconceito advém do conceito purista de que a língua deve seguir a definição normativista e recusar a inserção de variações na linguagem. Tal máxima não procede porque a língua é mutável e sofre diversas modificações desde a sua origem até a sua construção futura.
O preconceito linguístico nasce baseado em afirmações de senso comum sem qualquer julgamento cientifico. Desde a antiguidade, a ideia de que a existiam línguas inferiores e superiores estão presentes na sociedade como, por exemplo, a língua dos indígenas e dos europeus, respectivamente. Felizmente, hoje não se fala mais em tais conceitos uma vez que já foi comprovado que muitos desses povos tidos como primitivos tinham na verdade uma estrutura linguística muito bem organizada e até mesmo, em alguns deles, havia multiplicidade de dialeto.
O primeiro encontro com o preconceito linguístico acontece nas escolas. Em diversas formas de ensino, é comum que além de aprender a ler e escrever são educados com a errônea concepção normativista de que a língua falada deve seguir as normas gramaticais da escrita e que as variantes desse sistema são erros graves da construção da linguagem na sociedade. Contudo, é preciso entender que conhecimento da língua não é conhecimento de gramática; todo falante irremediavelmente conhece a sua língua.
Essa ideia de