RESENHA- O Marxismo e as ciências do homem,
O pensamento marxista obteve distintas formas de interpretação, Godelier busca alcançar o campo epistemológico do pensamento de Marx. Para isso reduz a análise a exclusivamente ao pensamento de Marx.
O autor considera que exista um núcleo ativo do pensamento de Marx nas ciências humanas que é constituído por ideias-força. A primeira ideia se refere ao fato dos homens produzirem a sociedade para viver, no entanto, a produção social dos homens se difere da dos animais. O segundo fato a se destacar é o dos homens transformarem o espaço natural e a história resulta, assim, da transformação da própria natureza social. Marx buscou estabelecer relações entre o trabalho, natureza e as relações sociais para uma nova forma de compreensão do movimento da história. Além disso, deve-se considerar que a história é um movimento contraditório, e se origina nas contradições da realidade social presente entre grupos sociais ou que podem surgir das relações do homem com a natureza e divisão do trabalho.
Devido a esse movimento contraditório que é a história, surgem às sociedades e o modo de produção capitalista aparece como ultima forma social antitética. O desenvolvimento do capitalismo levaria a uma sociedade onde os meios de produção seriam coletivos e de constituiria o comunismo. Nessa forma de sociedade as forças produtivas se se desenvolveriam de acordo com as capacidades individuais e a ideia de Estado e classe desapareceria. Tal visão de futuro alimenta e é o princípio da ideia revolucionária, de que a revolução viria com a luta de classes.
Essas ideias força do pensamento Marxista continuam em nossa sociedade, foram elaboradas antes da análise da lógica do funcionamento do capitalismo e representam a ruptura com a filosofia idealista hegeliana. Para Hegel, a história é movimento do Espírito Absoluto enquanto