resenha o manifesto comunista
O Manifesto inicia com a célebre frase “ Um espectro ronda a Europa – o espectro de comunismo” (MARX; ENGELS, p.5). Denota a disseminação da corrente comunista e a consequente perseguição, entre outras, das autoridades citadas: o papa, o czar, Metternich e Guizot, os radicais da França e os policiais da Alemanha (MARX; ENGELS, p.5).
A partir desses fatos, Marx e Engels retiram as seguintes concusões (p. 5):
1" — O comunismo jà é reconhecido como força por todas as potências da Europa;
2" — É tempo de os comunistas exporem, à face do mundo inteiro, seu modo de ver, seus fins e suas tendências, opondo um manifesto do próprio partido à lenda do espectro do comunismo.
A seguir, são apresentados peloa autores, em quatro capítulos, as suas ideias, que são aqui sintetizadas.
1) Burgueses e proletários
A primeira ideia apresentada é a visão da história como de lutas de classes. Os homes têm vivido em contante tensões, em guerra ininterrupta que sempre finaliza em uma transformação revolucionária da sociedade, ou em destruição das duas classes. Como exemplos são citados os cavaleiros, plebeus e escravos na Roma antiga e senhores, vassalos, mestres, companheiros e servos na Idade Média (MARX; ENGELS, p. 7).
A sociedade burguesa moderna, originada das ruínas da sociedade feudal, segue esse comportamento, trazendo novas classes, novas condições de opressão e novas formas de luta. Entretanto, sustentam Marx e Engels que a característica desse momento histórico é ter simplificado o antagonismo, pela divisão majoritária em dois grupos – a burguesia e o proletariado (MARX; ENGELS, p. 8).
A burguesia teve uma evolução histórica iniciada na Idade Média – cujos servos se tranformaram nos burgueses livres das primeiras cidades –, e teve seu ascenso acelerado em função do crescimento da navegação, do comérico e da indústria no mundo todo, incluindo as colônias da América. (MARX; ENGELS, p. 8). A divisão do trabalho também aumentou dentro das