Resenha: o homem segundo hobbes.
Antes de tentar entender a obra de Hobbes, primeiro faz-se necessário atentar para o contexto histórico no qual autor e obra estão inseridos. Thomas Hobbes, filósofo e cientista político, nasceu na Inglaterra no ano de 1588. Sua vida está ligada à monarquia inglesa, cuja intrigas e políticas afetaram sua existência e pensamento político. Refugiado na cidade de Paris, temente de sua segurança após ter publicado a obra De Cive (1642), Hobbes tratou de publicar sua mais importante obra, o “Leviatã"; ou "Matéria, Forma e Poder da Comunidade Eclesiástica e Civil", um estudo filosófico sobre o absolutismo político que sucedeu a supremacia da Igreja medieval. Segundo Hobbes, os pensamentos dos homens podem ser observados de duas maneiras: de forma individual e em seu conjunto (em sua mútua dependência). O pensamento analisado de forma individual “é a representação ou aspecto de determinada qualidade ou qualquer outro acidente de um corpo exterior ao nosso, que vulgarmente chamamos objeto”. Este objeto pode atuar sobre os olhos, ouvidos e no corpo humano todo, produzindo diversas aparências, nomeadas sensação. Tratando sobre imaginação, define como a sensação que se apresenta nos homens e em outras criaturas vivas, durante o sonho e também durante o estado de vigília, porém de formas distintas. Para ele, a imaginação pode ser classificada de duas maneiras: simples ou composta. A imaginação simples ocorre quando alguém imagina algo que já viu anteriormente de forma singular, como um cavalo. A composta seria a junção de duas imagens já vistas em uma só, como exemplifica o centauro, que nada mais seria que a junção de um homem a um cavalo. A sequência ou série de imaginações é a sucessão de um pensamento a outro, que também podem ser denominados discurso mental. O autor ainda afirma que quando imaginamos uma coisa, não temos certeza do que vamos imaginar depois, e que, essa série de pensamentos pode se