Hobbes e o movimento
Hobbes e o movimento
Marcos Henrique Macedo Cardiano
Teorias Clássicas das RI’s – T:24A
SLOMP, Gabriella. The politics of motion and the motion of politics. In: PROKHOVNIK, Raia; SLOMP, Gabriella. International Political Theory: International Political Theory After Hobbes. Hampshire: Palgrave Macmillan, 2010. Cap. 2, p. 19-41.
No texto analisado, Gabriela Slomp busca uma reavaliação do conceito geral tido sobre o filósofo inglês Thomas Hobbes. A autora inicia sua argumentação discutindo a fragmentação da teoria hobbesiana. Slomp entende que, ao longo do tempo, diversos autores das Relações Internacionais buscam desmistificar Hobbes através de análises sobre sua teoria. Entretanto, tais avaliações acabam por passar um caráter redutivo, uma vez que a fragmentação da teoria é presente. Por outro lado, a autora também reconhece a importância de tal fragmentação, uma vez que a mesma acaba gerando um estudo especifico em diferentes áreas da teoria hobbesiana, aprofundando e renovando o conhecimento em relação às mesmas. Slomp, a seguir, ressalta dois pontos importantes na teoria de Hobbes: o conceito de Movimento (em minha opinião, possivelmente o mais importante de todos) e a noção de Soberania. A autora irá argumentar que o conceito de movimento hobbesiano trás novas descobertas para o melhor entendimento das relações internacionais. Segundo a autora, Hobbes acredita que o próprio homem é constituído de movimento e assim, todas as ações do mundo são regidas pelo movimento. Entendendo movimento como vida e a estagnação como a morte, Hobbes explica a concepção de busca pela manutenção desse movimento tanto no campo individual como nas relações internacionais. A teoria de Hobbes, embora fragmentada, é amplamente difundida. É de conhecimento geral que o filósofo descreve a criação do Estado através de seu livro “O Leviatã”. E o movimento pode ser encontrado já aqui. A criação desse Estado como provedor da segurança, propriedade e liberdade