Resenha O Caso dos Exploradores de Cavernas
FEITOZA, Ana Paula da Silva1
FULLER, Lon L. O caso dos exploradores de cavernas. Trad. Plauto Faraco de Azevedo. Porto Alegre: Fabris, 1976.
Lon Louvois Fuller nascido em 1902, em Hereford, Texas, foi um jurista americano. Sua obra mais discutida entre doutrinadores e estudantes de direito é a que trataremos a seguir, O Caso dos Exploradores de Cavernas, que nos apresenta uma história fictícia que nos engendra em uma discussão político-filosófica. Fuller estudou Economia e Direito em Stanford, lecionou como professor de Teoria do Direito em diversas universidades, destacando-se Harvard, onde permaneceu até meados de 1979, apesar de pouco discutida, sua principal obra é “The Morality of Law”.
O Caso dos Exploradores de Cavernas é um ensaio publicado por Fuller em 1949, em que quatro membros da Sociedade Espeleológica, foram resgatados de um deslizamento de terra que os soterrou por 32 dias, estes condenados à morte por terem assassinado e praticado antropofagia em seu companheiro Roger Wethmore, recorrem à decisão judicial, pois praticaram tal ato para que pudessem garantir sua sobrevivência.
Os fatos narrados inicialmente pela Suprema Corte de Newgarth, no ano de 4300, já nos coloca em meio a presente situação de nossos exploradores, condenados à forca pelo crime cometido contra Wethmore. Os fatos anteriores são narrados pelo Presidente do Tribunal, o Juiz Truepenny durante seu voto para a reformulação ou não da sentença. Ele narra os fatos ocorridos desde o dia do desaparecimento dos exploradores, que até então eram cinco e exploravam uma caverna, quando, após se afastarem significativamente da entrada, esta foi obstruída por um deslizamento de terra que os confinou por 32 dias. Nos primeiros dias houve grandes buscas, que se provaram infrutíferas, pois os deslizamentos de terra eram contínuos, e além disso era grande o custo financeiro para chegar àquela região íngreme em que os homens se encontravam