Resenha "A teoria do desenvolvimento econômico e a crise de identidade do Banco Mundial "
CURSO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS
DISCIPLINA DE ECONOMIA POLÍTICA INTERNACIONAL II
RESENHA CRÍTICA SOBRE O TEXTO “A TEORIA DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E A CRISE DE IDENTIDADE DO BANCO MUNDIAL”
JÚLIA CRISTINA HOPPE
SETEMBRO DE 2014
SANTA MARIA
“A teoria do desenvolvimento econômico e a crise de identidade do Banco Mundial ( Revista de economia política, vol. 11, jan-mar 95)”, do advogado, cientista político e economista Luiz Carlos Bresser Pereira, é uma análise da atuação do Banco Mundial ao longo dos anos de sua existência e também uma análise da crise de identidade passada por ele nos anos 80.
O autor, de uma forma sucinta e intrigante, relata as crises enfrentadas pelo Banco Mundial desde o início dos anos 80 e declara que os três problemas podem ser resumidos em uma crise de identidade. A pergunta que é feita é se o Banco Mundial, depois de 50 anos de sua criação, ainda pode ser visto como um banco de desenvolvimento. Além disso, para ele, o Banco enfrentou uma crise intelectual que ainda não foi capaz de superar.
A missão do Banco, desde que foi fundado, era de ajudar na reconstrução da Europa e de promover o crescimento econômico no resto do mundo, tendo como principal estratégia a da promoção da industrialização. Apesar dos objetivos terem sido parcialmente alcançados, os economistas neoliberais, ajudados pelo colapso do consenso keynesiano e pelo surgimento de uma onda conservadora no Primeiro Mundo, foram aqueles que acentuaram a crise da TDE.
A Teoria do Desenvolvimento Econômico surgiu na década de 40 como uma crítica fundamental á economia neoclássica, visto que fizeram uma crítica complementar do ponto de vista do longo prazo. Os objetivos da teoria eram de legitimar a industrialização, elevar a capacidade de poupança e de investimentos nos países subdesenvolvidos e de promover a decolagem para o desenvolvimento sustentável. A TDE também oferecia um diagnóstico básico das