Resenha: A perda e descoberta da realidade, FISCHER
Considerando Fischer 1987, em seu capítulo 5 da obra citada acima, A Perda da Realidade veio juntamente com o mundo capitalista. Um mundo em que as pessoas perderam a noção de si mesmo em busca de algo, ou de coisas, e nesse momento as pessoas viviam de frases feitas, clichês, e não acreditavam em nada que não fosse “real”, visível e audível. Algo que seria tão ilusório quanto o que teriam vivido antes do capitalismo. Onde o que era de todos, não era de ninguém. E quanto a descoberta da realidade, foi o momento em que os escritores descobriram uma nova narração, sem precisar de frases feitas, retratando o comportamento das pessoas através de uma sequência de detalhes irrelevantes, onde a realidade é redescoberta por jovens entediados, o mundo é visto por outros olhos, de criaturas muito mais jovens. O texto foi elaborado em três subtítulos, possui uma linguagem técnica à literatura e possui 59 parágrafos. A perda da realidade, é um momento em que o homem perde o foco de si, pode-se comparar a perda da realidade com os dias de hoje, que nada mais é do que uma busca constante de bens materiais, e essa perda é exatamente isso, o homem perdido em seus sonhos, sem saber o que mais lhe importa. O autor faz citações de diversos escritores, que estavam conscientes dessa perda, suas obras retratavam o mundo de maneira fria, enfatizadas, sem perspectiva, valor ou medida. O mundo ilusório foi substituído por um mundo privado que, no entanto, não é menos fantasmagórico. Outros escritores também partem dos pequenos detalhes observados com precisão, porém, vão além de um mundo congelado, e também emprega o método behaviorista, retratando o comportamento das pessoas através de detalhes irrelevantes. Fischer cita uma das obras de Salinger, onde ele cria um máximo se atmosfera e descobre aspectos novos da realidade psicológica e social. Em Salinger, a realidade é redescoberta por jovens entediados