Resenha A memória dos vencidos e Reforma Agrária
No texto “Ditadura Militar, Tortura e História: A Vitória Simbólica dos Vencidos”, Luciano Oliveira apresenta outra visão para a História a partir de uma perspectiva tão esquecida pela Historiografia tradicional, a dos vencidos.
E o que faz com que essa memória “dos vencidos” fosse prevalecida é justamente o modo como os militares venceram o movimento, através dos mecanismos de tortura e repressão.
A tortura como uma prática abominável para as sociedades contemporâneas faz com que a versão dos fatos contados pelos militares fosse mal vista e, portanto indigna de crédito.
A realidade fatual, elementar e objetiva corporificada nos fatos concretos, narrados pelas vítimas de tortura, algumas delas membros da direita, de apoio ao governo ou admitidos pelos militares como o general Leônidas Pires e o ex. presidente Geisel, evidenciam claramente essa prática como uma prática institucional, sujando assim a reputação dos militares, fazendo com que a versão apresentada pelos vencidos, vítimas da tortura, ganhasse relevância.
A tortura como uma escolha humana poderia ter sido evitada e outros mecanismos menos duros e mais humanos poderiam ter sido utilizados. Segundo o autor para que os historiadores possam debruçar-se de forma imparcial sobre esse passado ainda sombrio e repleto de incógnitas é necessário que os fatos relacionados aos desaparecidos políticos do regime sejam trazidos à luz da verdade e os responsáveis “militares” paguem sua dívida com esse passado esquecido e impune.
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Para pensarmos a questão agrária bem como o surgimento do MST, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra é preciso entender todo um contexto histórico de luta pela propriedade de terra no Brasil.
As lutas sociais pela