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Capítulo 6
Andes Centrais
Ao contrário das outras, em que um pequeno número de sociedades indígenas pode ser cartografado como pontos, a área a ser tratada aqui apresenta um aspecto mais denso. Sua população indígena alcança milhões, vive na área rural e na urbana, lado a lado com os nãoíndios.
Esta área corresponde aproximadamente àquela que constituiu o domínio do império incaico, o último e o maior dos estados indígenas da América do Sul até a chegada dos europeus. Apesar de a população indígena ter sofrido um sensível decréscimo devido aos maltratos, ao deslocamento forçado para os trabalhos nas minas, às moléstias até então desconhecidas, chegando a seu nível mais baixo no século XVII, tornou a se recobrar pouco a pouco e hoje constitui parcela importante das populações totais do Equador, Peru e Bolívia, e presente também no norte do Chile e noroeste da Argentina.
É, pois, de se estranhar os baixos números apontados pelos recentes censos para a população dos quíchuas e aimaras no Equador, Peru e Bolívia, indicados no quadro que acompanha este capítulo. Que critérios teriam sido aplicados? Auto-reconhecimento da identidade indígena? Será que uma grande parte dos numerosos falantes do quíchua e do aimara não mais se reconhecem como índios?

Pré-história
As datas mais antigas dos Andes centrais estão por volta de 12.000 a.C. Os vestígios dos primeiros povoadores não ficam abaixo dos 2.500 metros de altitude (Ossio 1992: 31). Há uma tendência dos estudiosos atuais em admitir uma complexificação das sociedades andinas antes mesmo de disporem de agricultura. As primeiras plantas cultivadas a chegarem ao Peru foram as cabaças, entre 3.600 e 2.500 a.C. O algodão se cultiva por volta de 3.600 a.C. (: 38).
A domesticação de camélidas se dá entre 4.000 e 3.500 a.C. (: 38).
PERÍODOS
Horizonte Antigo
Intermediário Antigo
Horizonte Médio
Intermediário Recente

Horizonte Recente

Julio Cezar Melatti
DAN-ICS-UnB
70910-900 - Brasília, DF

DATAS

CULTURAS

1.400 até 400 a.C.

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