PRE ANESTESIA
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Anestesia:
Avaliação, Agentes e Técnicas Anestésicas
© Direitos reservados à EDITORA ATHENEU LTDA.
Anestesia por Especialidade
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CAPÍTULO
Avaliação e Medicação
Pré-anestésicas
Antonio Vanderlei Ortenzi
INTRODUÇÃO
Deve ser feita antes de toda e qualquer anestesia, mesmo que de urgência, preferentemente pelo anestesiologista que a executará1.
Ao final da avaliação pré-anestésica para uma cirurgia eletiva deve-se responder à pergunta: “Está o paciente nas melhores condições possíveis para ser submetido à cirurgia proposta?” Se a resposta for “não”, a cirurgia deve ser adiada. Se a cirurgia for de urgência, a questão que se impõe é: “Os riscos de operar o paciente agora são maiores do que os de não operar?”
Em outras palavras, comparam-se os riscos e os benefícios da cirurgia naquele momento.
O paciente pode ser encaminhado previamente pelo seu médico ao anestesiologista que o avaliará sob a forma de clínica pré-anestésica.
Isto pode ser extremamente benéfico diminuindo sua ansiedade sobre a cirurgia e a anestesia, identificando problemas potenciais, determinando sua etiologia, encaminhando-o a um outro especialista para uma interconsulta, se necessá-
CAPÍTULO 24
ria. Esta opção, que vem se difundindo bastante, diminui cancelamentos e complicações, além de melhorar a relação médico-paciente e a nossa imagem de médico2.
A avaliação pode ser feita através de questionários de triagem escritos, telefônicos ou automatizados (Health Quiz) conjugados com entrevista na qual se explorarão as respostas positivas3. Deve ser feita de modo profissional e sem pressa. Para que o paciente possa se sentir mais à vontade, os visitantes e parentes devem aguardar em outro ambiente, salvo no caso de crianças ou naqueles com problemas mentais.
Quando necessário, deve-se recorrer a um intérprete da língua falada pelo paciente.
Apesar de seu encontro breve com o paciente, o anestesiologista deve propiciar uma
relação