Resenha: “A gênese da favela carioca: do campo à cidade, da rejeição ao controle”.
Capítulo 1 – A gênese da favela carioca: do campo à cidade, da rejeição ao controle.
Segundo a análise elaborada por Licia Prado Valladares em seu livro “A invenção da favela: do mito de origem a favela.com”, numa diversificada e intensa coletânea de bibliografias, referencias que delimitam precisamente o seu objeto de estudo a partir da sua idéia da construção de uma “sociologia da sociologia da favela”. Ou seja, a autora irá trabalhar com o imaginário social e identificar processualmente “como ocorreu essa construção social das representações da favela” (p.22).
Ao iniciar o primeiro capitulo de seu livro, Licia Prado Valladares introduz aspectos tidos sobre a favela durante a primeira metade do século XX, onde num primeiro contato, a favela era entendida como um “mundo rural na cidade”.
Segundo a autora, a evolução das favelas varia segundo autores, porém de acordo com algumas etapas: “1ª) anos de 1930 – início do processo de favelização no Rio e reconhecimento da existência da favela pelo Código de Obras de 1937; 2ª) anos 1940 – criação dos parques proletários no período Vargas; 3ª) anos 1950 e 1960 – expansão descontrolada das favelas sob a égide do populismo; 4ª) de meados dos anos 1960 até o final de 1970 – eliminação das favelas e sua renovação durante o regime autoritário; 5ª) anos 1980 – urbanização pelo BNH e agências de serviços públicos após retorno à democracia; 6ª) anos 1990 - urbanilização das favelas pela política municipal da cidade do Rio de Janeiro, com o Programa Favela Bairro.” (p.13)
Uma herança mal conhecida: o cortiço, semente da favela e do morro “Favella”
Numa primeira instancia ao falar dos aspectos ‘hereditários’ da sociedade, principalmente se tratando da cidade do Rio de Janeiro como pólo econômico e ainda