Resenha A Cultura da Convergencia
O autor aborda o conceito do processo cultural de convergência, que é o fluxo de elementos como imagens, sons, histórias e marcas através de meios de mídia. Esse fluxo é formado pelas empresas de mídia com o objetivo de promover uma marca ou mensagem, ou pela vontade da sociedade de ter controle sobre uma mídia específica quando desejar.
A Comunicação Social passou por uma considerável mudança nos últimos anos. Agora, a informação pode circular de forma intensa por diferentes canais, sistemas midiáticos e administrativos. Cria-se um fluxo devedor da participação ativa dos consumidores, que elege a inteligência coletiva como nascente de seu potencial. Na atualidade, os conteúdos de novas e velhas mídias se tornam híbridos, reconfigurando a relação entre as tecnologias, indústria, mercados, gêneros e públicos. Ocorre um cruzamento entre mídias alternativas e de massa que é assistido por múltiplos suportes, caracterizando a era da convergência midiática.
Dialogando com ícones da cultura pop, como reality shows, Matrix, Harry Potter entre outros, Henry Jenkins propõe-se nessa obra discutir como se organiza hoje, de forma prática, a interação do público com os meios de comunicação. A partir de exemplos do cinema, da política e da televisão, aponta as modificações que público e mídia sofreram com as possibilidades interativas vindas das novas tecnologias, em particular as comunidades virtuais.
A obra é dívida em seis capítulos, que abordam o tema da convergência em diferentes plataformas midiáticas. A proposta não se resume em analisar esse nicho nas produções de entretenimento, mas mostrar que a convergência é uma forma de gerar, paulatinamente, uma mídia e, porque não, uma sociedade mais democrática.
Durante todo o livro, o autor não traz respostas; ao contrário, apresenta perguntas. Essa é a grande contribuição da obra, porque permite que seus argumentos dialoguem com diferentes plataformas midiáticas,