Resenha do livro "Cultura da Convergência" de Henry Jenkins

Em “Cultura da Convergência” Henry Jenkins usa a revolução digital como subsídio para trabalhar casos tão famosos quanto qualitativamente importantes que expõem a nova lógica de produção e consumo de conteúdo cultural. Através de linguagem simples, Jenkins relaciona as tradicionais e as novas mídias e gera insights para engatar discussões e revitalizar outras que datam desde o século XVIII, quando a noção de individualidade e propriedade intelectual passaram a ser mais evidente e cultuada. A convergência de conteúdo nas mídias reflete não somente mudanças na tecnologia da informação, mas influencia diretamente, e de maneira inédita, nas relações entre os indivíduos, geração e consumo de conteúdo. Até então, as revoluções comunicativas, responsáveis também pelo estabelecimento de pensamento psicotecnológico na sociedade, nunca havia gerado meios necessários para que o conteúdo se transformasse no processo de disseminação. De fato, a escrita, a revolução gutenberguiana e a mídia eletrônica abaracaram diferentes formas de se pensar o mundo, ora mais conceitual, ora mais imagética, tranduzindo-se em processos psicotecnológicos. No entanto, a grande ruptura provocada pela revolução digital é creditada à determinação do fim do esquema básico de comunicação, com um integrante que apenas emite e outro que apenas recebe a mensagem. O pensamento e a comunicação em rede elimina os pólos e as funções antes pré-determinadas pelos veículos de comunicação de massa, provocando na sociedade uma maneira mais dinâmica de se envolver com a informação, opiniões, o que proporciona contatos, expressões, atividades e formação de visões de mundo plurais, sem a dominação de um centro emissor. CASO HARRY POTTER
A participação do público nas redes ainda é vista pelos grandes produtores de conteúdo cultural como uma ameaça por conta da liberdade de ação dos participantes e da disseminação de informação sem freios. De fato, a revolução digital provocou mudanças no