Resenha - a argumentação na comunicação - breton
Breton (2003) situa a argumentação como pertencente à família das ações humanas com a finalidade: de convencer; fazer com que as pessoas compartilhem determinada opinião ou adotem um comportamento específico.
O autor faz uma divisão sobre as maneiras utilizadas para convencer, dividindo-as em: manipulação, propaganda, sedução, argumentação e demonstração. Contudo, o próprio autor diz que essa divisão possui apenas caráter teórico, pois na prática esses modos encontram-se interligados a tal ponto que dificulta ou até mesmo torna impossível a classificação precisa de cada uma delas. Conforme o autor (2003:11)
“Esta separação dos diferentes meios utilizados para convencer é menos simples do que parece, na prática. Uma das características mais importante das ações humanas é, na realidade, além de sua complexidade, o fato de parecerem sempre mobilizar, de maneira indivisível, toda a riqueza das possibilidades. Assim encontramos raramente situações puras de sedução, de demonstração ou de argumentação.”
A publicidade trabalha com os distintos modos de convencimento. O autor atribui a isso o segredo do sucesso que a publicidade moderna alcançou. Os anúncios publicitários trazem em seus textos elementos que proporcionam ao auditório partilhar da ideia vendida. Isto exposto, Breton (2003:21) situa a argumentação como uma atividade inerente ao homem “Desde quando o homem pratica a argumentação? Estaríamos tentados a dizer: desde que comunica.” Assim, a partir do momento que o homem aprendeu a se comunicar, comparar, se relacionar com o outro e com o mundo que o cerca, desenvolveu também a argumentação que se fundamenta no saber.
O autor discute as práticas argumentativas e as divide em dois tipos: um tipo espontâneo, empírico e um outro tipo objeto de programa de ensino, um saber estruturado. Em relação ao saber sistemático Breton adverte que os estudos dos processos e métodos que tornam a argumentação mais eficaz são