Resenha A alegoria da caverna

Resenha - A alegoria da caverna

Considerado um dos principais pensadores gregos, Platão foi um importante filósofo grego que nasceu em Atenas, “provavelmente em 427 a.C”. Platão teve uma educação de acordo com a sua época que englobava música, matemática e ginástica. Aos 20 anos de idade ele encontrou-se com o filósofo Sócrates, tornando-se no seu discípulo por oito anos, até a altura da sua morte. Em 387 a.C. “ele fundou a Academia, uma escola destinada a investigação filosófica”. (PSICOLOUCOS)
Na sua obra A República, Platão utiliza uma parábola, A alegoria da caverna, para demostrar o processo de libertação da escuridão mental, em direcção à luz da verdade ou do conhecimento. Nesta parábola, Platão utilizou um diálogo entre dois homens em que Sócrates convida o jovem Glauco a imaginar alguns homens a viverem desde a sua infância numa morada subterrânea em forma de caverna, presos de forma a só conseguirem ver a sua sombra e a de figuras reflectidas por meio de um fogo que queima por trás deles, num alto. Assim, tomavam estas sombras como sendo seres reais, associando assim as vozes que ouviam como vindo das sombras.
Esta realidade vivida por aqueles homens vai de encontro à ideia de Hobbes de que os “fenómenos e aparências são os princípios pelos quais nós conhecemos todas as outras coisas”. Assim, como esses fenómenos ou aparências eram a única realidade que conheciam, nada era mais natural do que associarem essas sombras como sendo reais, visto que enganar-se ou iludir-se é “algo inerente de todos os seres vivos animados” (LEIVAS, 2007, p.197).
Prosseguindo com a sua parábola, Sócrates convida Glauco a imaginar o difícil percurso que um dos homens teria de enfrentar se ele fosse libertado e forçado a encarar o mundo real. Sócrates vai descrevendo a dificuldade que seria para ele acostumar com essa realidade e como ficaria ofuscado com a luz da superfície, não conseguindo “distinguir os objectos, dos quais via apenas as sombras anteriormente”. Face a essa