Resenha Yoga Sutra cap 1

- Resenha Critica -
Yoga Sutra
Samadhi-Pada

Patanjali inicia seu trato de yoga dissecando a necessidade e os meios para o controle do elemento sutil mais vital e básico, entretanto de mais difícil domínio; a mente.
Logo nos primeiros Sutras ele já indica que para que se iniciar nos ensinamentos de Yoga, o observador devera obter controle das funções da mente para que somente assim se obtenha êxito final de “Samadhi” ou a iluminação. Apenas com o controle sobre o fluxo constante de pensamentos, e estes voltados para o Ser Supremo chamado aqui de “Isvara”, podemos conscientemente nos desligarmos dos “Samkaras” ou impressões do mundo material e ilusório, desapegando daquilo que não faz parte da nossa natureza
Em alusão a natureza real, Patanjali no Sutra 1.3 deixando claro que “a perfeição do yoga ‘e exitir em nossa natureza real com uma forma eterna e não perder nossa natureza individual”. Ele evidencia uma correlação direta com da filosofia Dualista ”dvaita“ que se apoia na individualidade e separação total entre “Purusha” (alma)” Parampurusha”(alma suprema). A interpretação faz oposição ao pensamento Monista “advaita” que entende que objetivo final da meditação com o ser supremo seria deixar de existir ou se fundir com a luz transcendental.
“Yogas citta-vrttti-nirodhah” resume perfeitamente o objetivo final do controle dos processos mentais que são descritos nos Sutras posteriores. Patanjali indica a necessidade de controlar as funções da mente, como também frisa que devemos “obter o controle da mente objetivando desligar seu aspecto mundano e direcioná-la para fins espirituas”. Entendo também como “Isvarapranidhana”, ou seja, oferecer todos seus atos e pensamentos ao Ser Supremo, consciente da nossa natureza individual e eterna.
Tendo esses pontos minuciosamente explorados, chegamos logo no significado do Yoga, da raiz “yuj”, significando conectar, juntar, unir, nos, almas eternas dotadas de um corpo mortal, e” Isvara”, o ser supremo, Deus criador.