Resenha Tomas Kuhn
Kuhn, T. S. (1998). A estrutura das revoluções científicas (5ª ed.). São Paulo: Perspectiva.
Thomas Kuhn era natural de Ohio, Estados Unidos. Graduado e pós-graduado com títulos de mestre e doutor em Física dedicou-se a tal ciência durante toda sua vida, mas como o próprio Kuhn esclarece, já em sua vida acadêmica teve contato com a História da Ciência e sentiu o interesse pela área totalmente despertado. Passou, portanto a ocupar-se com preocupações de natureza filosófica e com os estudos no campo da História da Ciência e publicou algumas obras tratando sobre esse assunto, sendo que a mais discutida dentre elas, encarada inclusive como um clássico nos estudos sobre Epistemologia e Filosofia é A estrutura das revoluções científicas, originalmente publicada em 1962.
Na obra em questão Kuhn objetiva “esboçar um conceito de ciência bastante diverso que pode emergir dos registros históricos da própria atividade de pesquisa” (1998, p.20). Para tanto, o autor subdivide o livro em doze capítulos, nos quais busca argumentar sobre suas concepções, explanando como ocorre o processo que leva à revolução científica - desde a inauguração da ciência normal até o estabelecimento das crises que levarão à revolução - e ressaltando as repercussões desta na comunidade científica e no curso da ciência.
Já no primeiro capítulo - A rota para a ciência normal - o autor introduz o conceito de ciência normal, descrevendo-a como “a pesquisa firmemente baseada em uma ou mais realizações científicas passadas” (1998, p.29), contudo o conceito mais enfocando neste capítulo é o de paradigma. Segundo Kuhn, a ciência normal se consolida quando as diversas escolas de pensamento opostas entre si dentro de determinada área, saem do momento de divergências e os cientistas concordam com as concepções de uma escola pré-paradigmática, a qual desenvolve a teoria que será considerada o paradigma. Este se trata de realizações científicas que atraem grupos duradouros e que são