Resenha temática do filme anjos do sol
ANJOS DO SOL. Direção: Rudi Lagemann. Brasil, Paris Filmes. 2006. 92 min, color, dublado. O abuso sexual de crianças destrói futuros, expectativas, vidas inocentes. Este é um dos temas de grande preocupação no mundo inteiro, onde se ouve muito, mas sabe-se pouco. A exploração sexual infantil é uma praga, inadmissível e inaceitável em um mundo civilizado. A pouco não de abordava esse assunto abertamente na sociedade, entretanto, de uns anos pra cá, vem sendo quebrado essa barreira da ignorância e falta de informação, principalmente pelos movimentos feministas, por ter na maioria das vezes as mulheres como principais vítimas. Ela tem onze anos, mas já aprendeu as manhas da profissão: não entra no motel, ou no carro, sem receber o dinheiro antes, guardado sempre por outra amiga. Não conhece o pai, e sua mãe, que trabalha na zona do meretrício, não se importa com quem e onde ela dorme. Edvalda se acha igual às outras meninas que fazem programa. Com uma diferença: “eu ainda não tenho peito”. (DIMENSTEIN. 1992, p.69). É assim a triste realidade de muitas de nossas crianças. O abuso sexual infantil é definido como a exposição de uma criança a estímulos sexuais impróprios para a sua idade. A vítima é forçada fisicamente ou verbalmente à prática do ato sexual, sem ter capacidade psicológica e emocional para julgar o que está acontecendo. Segundo Sanderson (2008), durante o modo de infanticídio do século IV, as filhas eram estupradas. Meninas da Grécia e de Roma dificilmente possuíam um hímen intacto. Os filhos também estavam sujeitos a abusos sexuais estupros em que eram entregues a homens mais velhos a partir dos sete anos de idade até a puberdade. Segundo um relatório sobre Exploração Infantil produzido pela ONU, em 2001, o Brasil ocupa o primeiro lugar em Exploração Sexual Infanto-Juvenil na América Latina e o segundo no mundo. Dos 60 milhões de crianças e adolescentes do país, as que vivem em situação de