Resenha sobre o panorama do design brasileiro
Com o objetivo de fornecer uma explicação histórica para o atual panorama do Design no Brasil,
Dijon De Moraes, em seu livro “Análise do Design Brasileiro: entre mimese e mestiçagem”, faz uma análise crítica da instituição do design no Brasil, partindo do princípio de que o conceito surgiu no país com a formação das primeiras instituições de ensino da disciplina. Para isso, apresenta de forma cronológica os fatos e teorias resultantes de suas pesquisas a cerca da formação, das influências e da consolidação das estruturas de ensino do Design no Brasil até os dias atuais. Dentre estas, destaco a Teoria da Dependência, que destaca o contexto sócioeconômico da realidade brasileira a partir da metade do século XX, e que a meu ver é determinante para o “desenvolvimento” do design brasileiro como uma cópia dos estilos internacionais.! Nos anos 1950, o Brasil buscava acelerar seu desenvolvimento e industrializar-se, abrindo o território para as multinacionais para enfim entrar no grupo dos países produtores de bens de consumo duráveis e manufaturados, não ficando apenas entre os países do terceiro mundo, exportadores de recursos primários e matérias-primas, supremacia que dura até os dias atuais.
Porém, como o capítulo dedicado à Teoria da Dependência nos mostra, apostar o desenvolvimento industrial e tecnológico de um país nas mãos de multinacionais não traz o resultado tão positivo como se espera. Na maioria dos casos (principalmente na conjuntura mundial dos anos 50/60), as empresas não passam o conhecimento para aqueles países que as abrigam, desenvolvendo seu setor industrial; mas trazem-no junto com o maquinário e simplesmente os novos recursos abundantes de que dispõem. Com as diretrizes da corporação decididas pela matriz a favor desta, os país explorado não obtém o retorno sonhado e agora tem uma boa parte da sua economia afiliada e dependente daquele que o explora.!
No Brasil não foi diferente. Tanto