resenha sobre o manual do mau historiador
AGUIRRE ROJAS, C.A. Antimanual do mau historiador ou como se fazer uma boa história crítica? Tradução de Jurandir Malerba. Londrina: Eduel, 2007.
Publicado com o intuito de denunciar a má formação dos estudantes, decorrente do que é passado nas instituições superiores mexicanas e de apontar a idéia metódica presente em manuais, Rojas quer mostrar durante seu livro Antimanual do mau historiador, os principais pontos que um bom historiador não deve seguir, enfatizando que os profissionais em história devem ser “críticos, sérios, criativos e científicos” (AGUIRRE ROJAS, 2007, p.5).
O opúsculo aborda como se deve escrever a história e como podemos criar uma historiografia que seja adequada o suficiente tanto para ser publicada quanto para servir de alusão para outros historiógrafos e docentes da disciplina de história, com a intenção de melhor compreensão da mesma e sempre corroborando o fato de que a história não é uma disciplina fechada, e sim bastante multidisciplinar, utilizando diálogos constantes com outras ciências.
São apresentados alguns modelos de história crítica que visam romper com a metódica positivista, que foi nos séculos XIX e início do XX a forma hegemônica de fazer história. Para o autor: “A primeira versão da história crítica contemporânea, é representada pelo projeto crítico de Karl Marx” (AGUIRRE ROJAS, 2007, pag.36). O pensamento de entender a história em suas relações sociais e em sua dimensão econômica, o materialismo histórico, a dialética, a defesa de uma história de cunho popular e não apenas das elites, são algumas das principais propostas de história crítica deixadas por Karl Marx e muito bem expostas por Rojas em seu livro, o qual tem visivelmente uma grande tendência por essas idéias.
Aguirre Rojas também faz crítica constante ao livro positivista Introdução aos Estudos Históricos, de Charles-Victor Langlois e Chales Segnobos, publicado em 1898, o qual apresenta um argumento