Resenha sobre o livro: por uma outra globalização
505 palavras
3 páginas
O filme O Mundo Globalizado visto do lado de cá se une com os pensamentos do livro de Milton Santos Por Uma Outra Globalização ao colocar as três formas como a Globalização pode ser vista: como fábula, a perversidade e uma outra globalização. Na primeira, vemos o mundo como nos fazem ver. A ideia de uma aldeia global, onde todas as pessoas estão conectadas é forte e leva ao pensamento de todas as pessoas são iguais, porém, ao mesmo tempo, exclui todos os outros indivíduos que não sabem o que esse termo significa e nunca tiveram acesso aos aparelhos e a informação que, na verdade, não informa pessoas. Afinal, “não há produção excessiva de informação, mas de ruídos”. Então, o mundo é uma fábula, uma história para ser contada a crianças. Entretanto, ao termino de toda fábula existe uma moral, que talvez seja a corda aonde essa aldeia global vá se enforcar. Na segunda, a globalização é perversidade, é o mundo como ele é. Um mundo onde o desemprego é constante e o capitalismo busca o lucro acima de tudo, inclusive da dignidade das pessoas. Um mundo que cria pessoas mal humoradas, acomodadas e com comportamento competitivo. No filme vemos que ocorreram diversas revoltas em várias partes da América Latina por causa das privatizações, mas foram fracas no Brasil. O que ocorre é que no nosso país a classe média não perdeu poder de compra como ocorreu em outros lugares. A ilusão da moeda forte e o consumo fácil anestesiaram os levantes populares contra as privatizações. Assim, a classe que tem poder de lutar não se revoltou (e na se revolta). Não pediu mudança (e não pede). Como é dito no filme, o mundo se divide em dois grupos: os que não comem e os que não dormem por medo da revolta dos que não comem. Desta forma, chegamos a terceira forma de ver a globalização: uma outra globalização, o mundo como ele pode ser. A perversidade como ela existe agora é apenas um momento histórico. De acordo com Milton Santos, há possibilidade de revanche da cultura popular; o período