Resenha sobre exigência térmica dos insetos

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ Desenvolvimento e exigências térmicas de Orius insidiosus (Say) (Hemiptera, Anthocoridae) Diléia Rocha Pereira1 Percevejos antocorídeos do gênero Orius são amplamente distribuídos pelas diferentes regiões zoogeográficas e vários fatores ecológicos podem influenciar as diversas características biológicas da maioria das espécies desse gênero. Dentre esses fatores, a temperatura, observada em diversos trabalhos, influencia o desenvolvimento desses insetos. No entanto, respostas a este fator, não estão bem elucidadas para as espécies de Orius presentes em regiões tropicais, principalmente para O. insidiosus, que é a espécie mais comum nos agroecosistemas do Brasil. Para tanto, o conhecimento desse aspecto é essencial para subsidiar o uso de inimigos naturais como agentes de controle biológico, bem como para a sua criação massal. Objetivando avaliar o efeito de diferentes temperaturas no desenvolvimento de Orius insidiosus (Say, 1832), bem como as suas exigências térmicas, o presente trabalho foi conduzido no laboratório de Controle Biológico do Departamento de Entomologia da Universidade Federal de Lavras em câmaras climáticas, a 16, 19, 22, 25, 28 e 31±1°C; UR de 70±10% e fotofase de 12 horas. Como alimento foi utilizado ovos de Anagasta kuehniella (Zeller, 1879). O período embrionário foi de 14,0; 8,9; 6,6; 4,8; 3,9 e 3,3 dias nas temperaturas de 16, 19, 22, 25, 28 e 31°C, respectivamente. Foram avaliados, nas diferentes temperaturas, o período embrionário, as durações de cada instar e da fase ninfal, de ninfas que deram origem a machos e fêmeas e a sobrevivência de cada estádio de desenvolvimento do predador. Foi observado que ninfas de todos os instares (independente do sexo que deram origem) foram influenciadas pela temperatura quanto ao seu desenvolvimento, com redução nesse período com o aumento da temperatura. Machos e fêmeas, na temperatura de 25°C, apresentaram um período de desenvolvimento em torno de 12 dias. A temperatura base