Debate político televisivo: a polidez em diferentes faces
Gilmara Pinto RODRIGUES
Jandira Garcia CALDAS
Karlianne Damasceno Furtado FERNANDES
Patrícia de Nazaré CARVALHO
Reliane Suzy Móia de MELLO
Renilma Pinto MEDEIROS[2]
RESUMO:
O trabalho tem como propósito analisar a polidez nas trocas comunicativas do gênero debate político televisivo, que tem a presença de um mediador e dois participantes onde suas configurações interlocutivas não cessam de se modificar ao longo do desenrolar da interação. Adotamos como referência para estudo e análise dos dados as teorias de Goffman (1979) que incorpora o que se chama de o “território” e de Brown e Levinson (Apud KERBRAT-ORECCHIONI, 1943) que se articula e se fundamenta sobre a noção de “faces”. A geração dos dados se deu através de uma pesquisa qualitativa feita em micro-análises de interações. Os resultados revelaram que no debate político o uso da polidez é fundamental por vários motivos, entre eles estão: manter a relação na interação mais harmoniosa por ser um gênero oral mais formal e principalmente porque é necessário que os candidatos mantenham uma postura diante dos telespectadores e eleitores, pois o que está em jogo é a imagem positiva dos candidatos.
Palavras-Chave: Polidez; Faces; Debate Político Televisivo.
1 INTRODUÇÃO
O objetivo deste trabalho é analisar, em uma situação específica de debate político televisivo, a polidez nas trocas comunicativas dos discursos que são regidos por regras. No intuito de examinar a presença de certos números de atos verbais e não verbais numa interação que existe a figura de um mediador que atua como intermediário entre os candidatos, no caso dois participantes, com temáticas pré-definidas e declaradas. Para isso partimos do pressuposto da polidez, que em todo discurso, a função é preservar o caráter harmonioso da relação interpessoal. Assim, como envolve temáticas com interesses em jogo para o telespectador, que tem o poder de