RESENHA - SERMÃO DA SEXAGÉSIMA
Uma pregação chamada de Sermão da Sexagésima foi um dos mais célebres. Dentre outras. Uma pequena retórica de no Máximo 10 encurtados capítulos e/ou 29 páginas. Que em março de 1655 na Capela real de Lisboa. Assim proferido pelo Padre Antonio Vieira. Através dele, o pregador esmerou-se na retórica, contando com sua memória extraordinária e delicadíssima habilidade no domínio vocábulo, mas o que mais nós impressionamos é que dentre tantas obras a mais importante é a epigrafada. A obra versa sobre a arte de pregar em suas dez partes. Nela Vieira usa de uma metáfora: pregar é como semear. Traçando paralelos entre a parábola bíblica sobre o semeador que semeou nas pedras, nos espinhos onde o trigo frutificou e morreu, na estrada onde não frutificou e na terra que deu frutos, Vieira critica o estilo de outros pregadores contemporâneos seus e que muito bem caberia em políticos atuais, que pregavam mal, sobre vários assuntos ao mesmo tempo o que resultava em pregar em nenhum, ineficazmente e agradavam aos homens ao invés de pregar servindo a Deus.
As palavras deste ilustre religioso transformaram-no em um orador digno de fé e despertavam nos ouvintes uma paixão transformadora. Na época o auditório composto por católicos. O autor procura se aproximar do auditório dirigindo-lhe perguntas em que o próprio Vieira responde. O mesmo procurou no sermão a adesão do auditório à sua tese principal de que se não havia conversões em massa ao catolicismo na sua época era por culpa dos pregadores de então.
O Evangelho segundo São Lucas foi um do mais importante ponto. Pois, a Parábola do semeador ele mesmo usa de uma metáfora: pregar é como semear. Resume e comenta a parábola: um semeador semeou as sementes que caíram pelo caminho, pelas pedras ou entre os espinhos. Apenas parte delas caiu em terra boa. Traçando paralelos entre a parábola bíblica sobre o semeador que pregavam mal, sobre vários assuntos ao mesmo tempo o que resultava em pregar em