resenha semântica do acontecimento

Resenha

Livro: Semântica do Acontecimento - Autor: GUIMARÃES,Eduardo Editora: Pontes – 2ª edição,
Introdução e Capítulo I(Enunciação e acontecimento), p.7 a 31.

Eduardo Guimarães esclarece que a semântica do acontecimento analisa o sentido da linguagem, pois a linguagem fala de algo, o que se diz é incontornavelmente construído na linguagem, no estudo da enunciação, do acontecimento do dizer. Ele analisa a fala, o sujeito enquanto político na linguagem. Guimarães cita Benveniste, Ducrot, Austin, Serale, Bréal, Bally,como se colocam diante da enunciação. Segundo Guimarães, a enunciação do acontecimento precisa de sujeito e língua, porque “enunciar é uma prática política em um sentido muito preciso,” só há sentido uma vez que há história (memória). Com o título Enunciação e acontecimento, o idealizador coloca como relevante: acontecimento, temporalidade, político, espaço de enunciação, cena enunciativa, enunciação, reescritura, textualidade, locutor, lugares de enunciação e posição de sujeito. Ele é de acordo com enunciação proposta por Benveniste, que a concebe como a língua posta em funcionamento pelo locutor, Guimarães não coloca a enunciação sem o sujeito físico e são elementos importantes para a semântica do acontecimento a língua, sujeito, memória e o real. A enunciação, não se dá sem ser afetada pela ordem do símbolo, razão pela qual ela não remete a um sujeito centralizado, que instauraria uma temporalidade cronológica. Essas duas exclusões levam-no a relacionar a enunciação ao acontecimento de linguagem, instância que temporaliza e pela qual o sujeito é tomado. Eduardo Guimarães disse que o sujeito não temporaliza, e sim o acontecimento.,
Ele prova com o índice da revista Veja de 17 de janeiro de 2001, como se dá o tempo do acontecimento.