A mídia no controle dos fatos
Deisiane Gonçalves Martins *
REFERÊNCIA DA OBRA
RAJAGOPALAN, kanavillil. Designação: a arma secreta, porém incrivelmente poderosa, da mídia em conflitos internacionais. In: MACHADO, Anna Rachel, LOUSADA, Eliane Gouvêa e AREU_TARDELLI. Resenha. São Paulo: Parábola Editorial, 2004. P. 69-75.
Rajagopalan fala em seu texto sobre a influência da mídia nos conflitos internacionais, destacando a Guerra do Golfo e a guerra do Afeganistão, ele mostra também o nome que a mídia dá a determinados fatos que ocorrem durante as guerras. Os nomes não passam de meras “etiquetas” identificadoras de objetos, é preciso pensar além da semântica dos nomes próprios para encarar o fenômeno de nomeação como um ato eminentemente político. Há quem diga que o confronto entre as tropas de Saddam Hussein e o poderio militar dos EUA, auxiliado pelo poder de fogo das demais potências da Otan, foi a primeira guerra inteiramente travada sob os holofotes da atenção midiática.
O objetivo do autor nesse texto é refletir sobre como a mídia imprime certas interpretações pelo simples ato de designação de determinados acontecimentos, dos atos específicos praticados pelos lados nos conflitos. Não nos interessa aqui passar em revista as mais variadas propostas teóricas que objetivaram, nos últimos anos. Entender o funcionamento do nome próprio, se as descrições são nada mais que representações verbais de atributos são da ordem de acidente, é no nome próprio que devemos encontrar algo que pertence ao objeto de maneira inalienável, ou seja, o nome próprio deve estar “grudado” ao objeto de maneira inseparável.
Sabemos que toda notícia, toda reportagem jornalística, começa com um ato de designação, de nomeação. É preciso, primeiro, nomear, para então dizer algo a respeito do objeto no mundo assim designado. É inegável o importante papel desempenhado pelos termos cuidadosamente escolhidos a fim de