Resenha: segredo de minas – a origem do estilo mineiro de fazer política (1889-1930) – amílcar vianna martins filho
Segredo de Minas – A origem do estilo mineiro de fazer política (1889-1930) – Amílcar Vianna Martins Filho
Aluno: Gabriel Haddad Diniz Ribeiro
Disciplina: O Público e o Privado: O Papel do Estado na Formação de Minas Gerias
Professor: Amílcar Vianna Martins Filho
Data: 21 de novembro de 2011
Este texto tem por objetivo proceder um estudo, em forma de resenha, de parte significativa da dissertação de doutorado do Historiador e Professor Doutor Amílcar Vianna Martins Filho, O Segredo de Minas – A origem do estilo mineiro de fazer política (1889-1930). Nessa obra, o autor dá continuidade aos estudos que trilhou em seu texto de mestrado, procurando defender uma tese que diz respeito ao período da Primeira República e à Minas Gerais. E tal defesa consiste basicamente na ideia central de que o sistema político do estado não foi, como trata a historiografia tradicional, articulado a partir da dinâmica de representação de interesses. Ao contrário, os interesses privados foram sucumbidos ao longo dos primeiros anos da república, a propósito de uma unificação política concentrada no poder estatal. A parte que este texto pretende analisar diz respeito ao aspecto político do período, o que constitui os capítulos quatro, cinco e seis da obra, sendo que os dois primeiros apresentam a essência dos resultados das pesquisas realizadas pelo autor, enquanto o último nos oferece uma conclusão ampliada, refletindo sobre o estilo mineiro de fazer política, em uma alusão ao título da obra. O capítulo quatro, então, inicia com a colocação das hipóteses de Amílcar Vianna em relação à ideia central que pretende defender. Minas teve, ao longo da Primeira República, uma economia diversificada e, em termos gerais, o café não representava a atividade econômica hegemônica ou principal, especialmente no que tange a pauta de exportações. Não obstante, as propriedades produtivas eram auto suficientes e isoladas, o que, somado à importância relativa do café inferior à que