Resenha Saude Coletiva
Nelson Rodrigues Santos, professor aposentado da UNICAMP e membro do IDISA, com Graduação em Medicina pela Universidade de São Paulo (1961) e Doutorado em Medicina (Medicina Preventiva) pela Universidade de São Paulo (1967). Especialização em Saúde Pública (Faculdade de Saúde Pública da USP). Foi Professor Titular de Saúde Coletiva na Universidade Estadual de Londrina, Consultor da OPAS/OMS, Membro titular de 36 bancas examinadoras de Teses de Doutorado, de 22 de Mestrado e de 26 concursos públicos. Publicou 66 artigos e capítulos em revistas e livros nacionais. Assumiu funções de direção no Sistema Público de Saúde, nos níveis municipal, estadual e nacional. Atualmente é Professor colaborador da Universidade Estadual de Campinas e presidente do Instituto de Direito Sanitário Aplicado ( IDISA), atuando principalmente nas seguintes áreas: Desenvolvimento do Sus, do controle social e das Políticas Públicas na área social.
No início do século, as campanhas sanitárias foram o maior foco de atenção da saúde pública; as políticas sociais mostravam grande preocupação com uma melhoria do padrão sanitário das cidades. Com a urbanização, ampliação da divisão do trabalho e a criação de todo o arcabouço jurídico-trabalhista, a atenção individual pública de saúde passou a atender principalmente às categorias profissionais reconhecidas por lei. Esta característica corporativa da atenção à saúde no Brasil ficou restrita somente aos trabalhadores do mercado formal até os anos 60. Da década de 1960 em diante houve uma mudança na política do país, e as políticas públicas na área da saúde voltaram-se para uma maior inclusão da população em geral, com extensão da cobertura.
Nos anos 70 e 80, o Ministério da Saúde tornou-se mais atuante no desenvolvimento de políticas de saúde para a população. Foram criados programas voltados para a extensão da cobertura e