Resenha - salário, preço e lucro (karl marx)
Escrito por Karl Marx em 24 de Janeiro de 1865, o texto trata, de uma forma geral, das discussões que permeiam os temas trabalhistas, como fica explícito no título. Marx baseia o texto todo em relação a argumentos de um cidadão da época de nome Weston, que havia defendido uma série de idéias que eram opostas ao pensamento operário. O autor expõe diversas teorias a respeito da formação do salário, do preço do que é produzido e a relação que tudo isso tem com a quantidade de horas trabalhadas e o lucro do capitalista.
A primeira crítica feita por Marx em relação ao manifesto de Weston é em relação da premissa deste de que o volume da produção nacional e o montante de salários real são fixos. Marx termina, após algumas complexas colocações, que a vontade do capitalista não é o que deve ser discutido e sim, os seus poderes e os limites destes. Ainda é colocado que o preço não deve ser algo advindo somente da vontade do dono dos meios de produção, mas que deve haver alguns princípios para tal, assim como para a alteração das taxas de salários. É mostrado também o equilíbrio que se dá em relação ao aumento de salários e a produção de artigos de primeira necessidade já que, aumentando o salário do empregado, aumenta-se a procura por artigos de primeira necessidade, logo, o preço destes, compensando assim o aumento dos salários. O que é mostrado ao final deste trecho é que a taxa geral de lucro, acaba se igualando, no final das contas, nos diferentes ramos da indústria e que não há, assim, um prejuízo no lucro com o aumento salarial.
Outro ponto interessante é quando Marx fala sobre a afirmação de Weston de que a Inglaterra teria dificuldades com o aumento dos preços se fosse aumentado o salário dos trabalhadores agrícolas de 9 para 18 xelins. O autor dá como exemplo os Estados Unidos, onde os trabalhadores recebiam o dobro do que se recebia na Inglaterra e, apesar disso, os preços, nos Estados Unidos, continuarem mais baixos que na