Resenha: ROCHA, R.P. “Por uma transversalidade pedestre.”. In: ID. Ensino de Filosofia e Currículo. Petrópolis: Vozes, 2008, pp. 25-43. O Conselho Nacional de Educação aprovou em sete de agosto de 2006, o parecer CNE/CEB 38/2006 sobre a inclusão dos ensinos de Filosofia e Sociologia no currículo do Ensino Médio, tendo marca aqui o início da discussão das propostas de trabalho, metodologias, explicitação de conteúdos, estratégias curriculares, etc. Nesse processo, torna-se inevitável que fiquem claras as diferenças entre os dois conteúdos. A Filosofia tem pouco mais de dois mil e quinhentos anos; a Sociologia tem pouco mais de cem anos; a Sociologia é a única ciência do tipo empírico; a Filosofia não é uma ciência. Os professores das determinadas disciplinas devem tomar cuidado para não ultrapassarem o campo de conhecimento de sua especificidade, logo, caso isso ocorra, que se tenha o conhecimento de certos limites de natureza epistemológica. Rocha questiona a classificação da divisão dos campos de conhecimento de estrutura formal da escola. Ele procura encontrar uma divisão que possibilite definir o papel da Filosofia na escola. Trabalha no sentido de dar uma unidade aos diversos temas trabalhados no currículo. Isso se faz necessário para melhor produtividade e qualidade em questão de ensino. Somos acostumados a encontrar na estrutura disciplinar o que ele define como princípio do presépio, que consiste em apenas depositar informações, conhecimento específico das determinadas disciplinas. O autor defende que os professores precisam planejar e pensar juntos, que em uma escola onde houver um diálogo entre as disciplinas, obtêm-se melhores resultados em questão de ensino. Esse diálogo deve estar sempre presente no processo de formação, a Filosofia dá coerência a esse projeto todo, porque compete a ela discutir problemas que possam surgir nas demais aulas, dando, assim, sentido à formação escolar, mantendo uma relação entre todas as disciplinas. Nas