Resenha - Rale Brasileira
“Ralé Brasileira – Quem é e como vive”
24/10/2014
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília – IFB
Campus Taguatinga Centro
Disciplina: Estado, Governo e Sociedade no Brasil - EGS No primeiro capítulo, o autor nos demonstra como se deu a construção do mito da brasilidade, onde imperaria a alegria, o calor humano, a hospitalidade e o culto ao sexo. Ele explica que a construção de uma identidade nacional brasileira, como tantas outras mundo afora, se deu a partir de conflitos, muitas vezes sangrentos. Acredito que a frase mais marcante deste primeiro capítulo de seu livro seja “Uma nação se constitui apenas quando os nacionais se identificam efetivamente, em alguma medida significativa, como ‘brasileiros’”. Neste sentido, entendo que o Brasil ainda não pode se considerar nação, visto que o país conhecido internacionalmente como o país da alegria, do calor humano, da hospitalidade, não tem esse mesmo sentimento para com seus compatriotas em situações sociais ou regionais diferentes. Especialmente neste momento de disputa eleitoral para presidência da República, o que se observa é uma polarização bem definida, onde uma classe que passou a ter acesso a bens de consumo e ocupações antes restritas outra classe, digamos, superior recebe dura oposição desta, visto que perdeu espaço e status para aquela. Essa polarização estabeleceu, ou agravou, um racha regional, onde a classe ascendente compõe-se predominantemente de pessoas das regiões do Norte e Nordeste do país, enquanto a classe descontente com os ascendentes fazem parte das regiões central, sudeste e sul do país. Tal polarização, apesar de aflorar e tornar-se mais evidente em períodos como e de eleições, pode ter tido sua origem na independência do Brasil, no momento em que se buscava a formação de uma identidade nacional, como apontado pelo autor. De um lado existia a elite culta brasileira que tinha como ideal o modo de vida europeu. De outro, uma