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A Audiência Pública da revisão do Plano Diretor promete levar às ruas mais de mil pessoas. A Prefeitura quer mudar o zoneamento e autorizar indústrias e galpões no coração verde da cidade, trazendo impactos irreversíveis e difíceis de mensurar
O Projeto de Lei do Plano Diretor pode trazer para o município de Embu das Artes impactos ambientais irreversíveis ao inserir indústrias e logística na região oeste, dotada de patrimônio ambiental invejável. “Estas áreas verdes são vertedouros de água pura, filtros para um ar metropolitano tão irrespirável, abrigo de espécies de seres vivos únicos, com alto potencial de turismo de observação e contemplação. O desenvolvimento não se dá apenas pelo incremento do setor imobiliário ou do setor industrial, o desafio para a Gestão Embuense está em promover cidadania, inclusão sem perder seu maior tesouro, ou seja, suas áreas verdes,” conta o biólogo Cesar Pegoraro.
Como acreditar que o intenso trânsito de veículos de carga pesada, o desmatamento e a nova topografia gerada por aterros combinam com uma área de baixa densidade populacional, com vocação turística e privilegiada por fauna, flora e mananciais? Tudo leva a crer que estamos falando de especulação imobiliária. “Mudar a destinação de áreas de interesse para o desenvolvimento sustentável, de baixo valor, em áreas destinadas à logística e indústrias, significa uma valorização astronômica para os seus proprietários. E hoje, a legislação relativa aos Planos Diretores não estipula mecanismos para coibir as mudanças no zoneamento que levam ao desenvolvimento predatório: vamos trocar água, saúde e biodiversidade por galpões,” comenta Leandro Dolenc, presidente da Sociedade Ecológica Amigos de Embu.
“A proposta do Plano Diretor que está sendo apresentada pelo Prefeito Chico Brito é extremamente nociva, pois, de um lado, flexibiliza a utilização de áreas de preservação para a construção de galpões empresariais e, por outro lado,