Resenha: quanto vale ou é por quilo?
Dirigido pelo cineasta paranaense Sergio Bianchi, “Quanto vale ou é por quilo?” faz uma analogia entre o antigo comércio de escravos e a atual exploração da miséria pelo marketing social, formando assim uma solidariedade de fachada. Tudo é mostrado em paralelo, o passado e o presente, mostrando que a exploração ao negro do passado, se reflete na do pobre do presente. O elenco conta com estrelas de primeiro escalão como: Milton Gonçalves, Zezé Motta, Ariclê Perez, Herson Capri, Caco Ciocler, Cláudia Mello, Caio Blat, Lázaro Ramos, Bárbara Paz, Leona Cavalli, Joana Fomm. O foco central do filme gira em torno da exploração com que o rico faz sobre o pobre, a ganância em se obter lucro faz com que o mesmo passe por cima de princípios morais, assim como o senhor feudal passava no passado, porém agora de forma velada. Até as ONG’s, que poderiam mudar a vida de vários necessitados, tem seu lado podre desviando verbas e tirando do pobre que nada tem e transferindo para o rico que cada vez tem mais. Mais de 10.000 crianças são abandonas no Brasil e mais de R$ 100 milhões são arrecadados por ONG’s ao ano. Dinheiro este que seria suficiente para a mudança de vida destas crianças, porém as ONG’s que deveriam fazer diferença neste país onde o governo não funciona, agem da mesma forma que os governantes, visando apenas seus interesses pessoais. Em que seria aplicado todo o dinheiro? Na miséria dos pobres é que não é, talvez sim na miséria de caráter que estes ricos possuem. O passado reflete no presente e futuro. A escravidão que pensou-se estar extinta, ainda existe e está contida no nosso dia-a-dia, como o caso da senhora que trabalha para a madame mais do que deveria e com uma remuneração abaixo do preço de mercado, simplesmente por precisar. Cenas ainda que mostram o caçador de escravos se igualam hoje ao matador de aluguel, que age à mercê do rico, realizando tais funções pelo fato de precisar sustentar sua família. O filme mostra que