resenha quanto vale ou é por quilo

Quanto vale ou é por quilo?

Nesse filme o diretor, tenta nos mostrar de forma chocante a realidade em que as pessoas com uma classe social mais baixa se situam na sociedade atualmente.
A ideia principal do filme é nos mostrar a dura realidade que essas pessoas vivem, com o objetivo de acordar os que vivem num mundo fantasioso e que ainda não sabem, ou fingem que não tem o conhecimento disso, e que ela estará presente cada vez mais em suas vidas e que é impossível não se constranger ou comover e tomar uma atitude por menor que seja em relação à essa situação.
Bianchi faz certa comparação entre a escravidão de antigamente (nesse ponto do filme podemos fazer um paralelo com o conto de Machado e Assis “pai contra mãe” que retrata os maus tratos, os castigos e a relação senhor e escravo) e a marginalização presente nos dias de hoje e nos mostra que de certa forma, mesmo que a escravidão tenha sido abolida, algumas pessoas ainda vivem numa situação igual ou pior aquela, sendo tratados como mercadorias e não como gente.
O papel das Ongs é questionado e verifica-se que esse setor pode ser administrado por quem esta mais interessado em administrar uma indústria do que propriamente uma Ong, porém, devido a sua aceitação maior por todos, é mais propício e talvez mais satisfatório utilizar-se desse nome.
Em grande parte do filme a intenção do autor é chocar e mostrar essa realidade de fato ao espectador fazendo-o refletir sobre o que ele poderá fazer para que aquilo não chegue naquele ponto. As cenas são repentinamente cortadas para outras para que possamos imaginar como seria determinada situação no período colonial (podemos fazer aqui mais uma comparação com o conto anteriormente citado, já que o conto explicita em como eram os castigos, as recompensas por escravos fugitivos etc), e traçarmos uma linha de comparação e concluir o que realmente mudou daquele tempo pra cá. Isso acaba atrapalhando o filme e consequentemente, dificulta a compreensão do espectador num