Resenha Paulo Visentini
Juscelino Jubitschek – do retrocesso a barganha Depois da morte de Vargas, Café Filho assume o governo promovendo mudanças significativas tanto no campo interno como no campo externo. A primeira fase do governo de Juscelino Kubitschek (JK) segue a mesma linha de Café Filho, um capitalismo associado internacionalmente, dentro da perspectiva da concepção de segurança e desenvolvimento. Contudo, no governo JK, em termos de política externa (1954-1958) foi caracterizado por um retrocesso quanto a autonomia de barganha ativa face aos EUA. Em 1958 devido a dificuldades de atração de investimentos e a desaceleração do crescimento econômico o governo adota uma barganha nacionalista frente aos EUA. Lança a Operação Pan-Americana, que atinge o seu apogeu com a Política Externa Independente.
A evolução do contexto mundial e suas possibilidades O contexto mundial, metade dos anos 1950, diferenciava-se do existente no inicio da década, propiciando assim sensível alteração nas possibilidades de atuação da diplomacia brasileira. A emergência do nacionalismo e do neutralismo na esteira da descolonização afro-asiatica são os principais elementos de transformação do cenário mundial. O Oriente Médio se convulsionava e o nacionalismo estava em alta. Na Ásia a vitória de Sukarno sobre os holandeses levou a Indonésia a independência e fortaleceu o nacionalismo na região. A derrota francesa na Indochina frente ao Vietnã reforçou a postura militante do nacionalismo e do socialismo na Ásia Oriental. Em abril de 1955 reuniram-se em Bandung, Indonésia uma conferencia de 29 paises afro-asiaticos defendendo a emancipação total dos territórios ainda independentes. Apesar de suas limitações a conferencia marcou o pimeiro passo do surgimento do Terceiro Mundo. No primeiro mudno, afirmava-se o modelo da sociedade de consumo e generalizava-se o American way of life. O Japão iniciara sua recuperação econômica e lograra uma forma positiva de cooperação