Resenha oração aos moços
Todos nós sabemos a imensa importância de Ruy Barbosa e o legado que ele deixou para o nosso Brasil. Na política vimos uma figura republicana forte e que não media esforços para realizar tal fato. Na área da Literatura vimos a quantidade de artigos, discursos (dentre todos, esse) e livros. Não por acaso ganhou projeção durante a Conferência Ruy Barbosa, um orador de tamanha excelência, justifica sua ausência, naquela solenidade fazendo jus à turma de bacharéis, com a qual gostaria de estar devido ao tamanho brilho. Vê naquele momento um coincidir magnífico, pois quando completa cinqüenta anos de dedicação ao direito, vê uma nova turma de bacharéis a colar grau, com um vasto mundo pela frente. As forças divinas não lhe permitiram a presença pessoal, mas devido à bondade destas mesmas forças, foi-lhe permitido estar lá espiritualmente e verbalmente. Deste modo, não deseja ser tratado como alguém que está distante, mas sim que esteja perto, falando de igual para igual. Não é válida neste quesito a máxima “longe da vista, longe do coração”. No meu entender a parte mais interessante e por assim dizer plena do texto foi à alusão a Sócrates e seus ensinamentos. A citação do trecho de diálogo entre Alcibíades e Péricles sobre o que seriam as leis. Para Ruy, leis essas que seriam o consentimento da maioria dos homens, mas que de alguma forma não é a realidade do nosso país e assim tenta alertar os bacharelandos. Em verdade esse pensamento de Ruy aplica-se hoje, visto que é consequencia do pensamento oligárquico da República Velha, onde por favorecimento daquele que possui mais finanças, acaba por ganhar alguns, não todos, entraves na justiça. Em nosso ambiente jurídico, para coibir tal tipo de ação, surge a figura da Constituição brasileira. A justiça assegura a legitimidade e combate os abusos. Existem dois braços para isto: a advocacia e a magistratura, outro ponto que considero