Resenha oração aos moços
A obra trata-se de uma carta que tem como tema central a ética profissional. Nela se vê uma espécie de pedido insistente e humilde extremamente bem arquitetado. A princípio há o manifesto do autor em relação à esperança depositada por ele naqueles moços, iniciantes na carreira jurídica, a continuarem o trabalho o qual ele estaria prestes a cessar. Em tom emocionante, o mesmo explica o fato de não poder estar em presença naquele momento, depositando a responsabilidade em Deus. O autor tem a intenção de passar aos futuros magistrados, a sua experiência e as principais lições ensinadas pelo Direito.
O autor coloca-se ao inteiro dispor dos apadrinhados, se expondo de maneira categórica e clara, mostrando muito desejo de passar para os jovens bacharéis o peso, a dedicação e a honra com que se deve empenhar na construção de uma pátria mais digna, peso esse que ele também sente sobre seus "ombros". Ele compara sua vida com um livro aberto, totalmente escancarado.
Discorre a respeito da relevância de se notabilizar as características de cada ser, lembrando que não há nada igual nesse mundo. Cada elemento se limita a caracteres únicos, fato este ao qual o advogado deve respeitar. Perceber tais singularidades é mister para não proporcionar eventuais constrangimentos e insatisfações.
Há o incentivo para que os bacharéis permaneçam em estudo constante. Distingue o saber aparente do saber real, tendo em vista que este advém da leitura reflexiva e é o saber que propõe o autor que aconteça.
Expõe a respeito dos “dois braços”, das duas instituições que mantêm de pé a lei: a advocacia e a magistratura. Explicita a necessidade dos bacharéis se encorajarem num caminho dedicado a Deus, à pátria e ao trabalho.
Coloca como último conselho, o ensinamento que para ele tenha sido o mais valioso em toda a sua experiência de vida. “Não há justiça, onde não haja Deus.”
Finalizando, o autor reitera a necessidade de se pautar a carreira por vias sempre