Resenha Mem Rias
ASSIS, Machado de. Memórias Póstumas de Brás Cubas. 6ºed. São Paulo: Ática, 1977.
Joaquim Maria Machado de Assis, mais conhecido como Machado de Assis, nasceu no Rio de Janeiro em 1839. Escreveu em praticamente todos os gêneros literários, sendo poeta, romancista, cronista, dramaturgo, contista, folhetinista, jornalista, e crítico literário. Destacou-se principalmente no romance e no conto. Estreou na literatura em 1855, com a publicação do poema Ela em uma revista. A partir de 1881 com o romance Memórias Póstumas de Brás Cubas revela seu incrível talento na análise do comportamento humano.
O livro de Machado narra uma história fantástica. Começa de maneira inusitada, um defunto contando sua história de vida, começando a partir de seu funeral, voltando pelos dias em que ele estava doente, e retornando até sua infância, a partir desse ponto a narrativa segue de maneira normal, e vemos o amadurecimento do protagonista, que tinha grandes ambições de vida. Brás conta sua história de uma maneira que nos dá a impressão de que estamos falando diretamente com ele, pois a todo o momento ele interrompe a história e faz comentários filosóficos ou irônicos, tirando nosso foco dos relatos. Ao longo do livro são narrados vários casos: a idéia fixa de criar um emplasto, remédio que curaria todas as doenças, o “emplasto Brás Cubas. O delírio que teve pouco antes de morrer. Seu enterro onde fala ter sido acompanhado por onze amigos, pois não havia cartas, nem anúncios. Suas travessuras quando pequeno. Sua amizade com o filósofo maluco Quincas Borba. Sua paixão juvenil pela bela e interesseira Marcela, que o amou “durante quinze meses e onze contos de réis”. A morte de sua mãe. O casamento arranjado com Virgíla, que o trocou por Lobo Neves. Seu namoro com Eugênia, uma moça bonita, mas porém coxa. O conflito que teve com a irmã Sabrina após a morte de seu pai. O desejo de ingressar na carreira política. Seus amores