Resenha Medidas de Segurança - Copia
Portanto, Freud apresenta o aparelho psíquico. Contudo, o termo “aparelho psíquico não possui valor semântico denotativo. Garcia-Roza (2009, p. 46) explica:
O “aparelho psíquico” não possui, portanto, realidade ontológica; trata-se de modelo explicativo que não supõe qualquer sentido denotativo do real. Esse modelo é tomado de empréstimo à física, particularmente à termodinâmica
Desta forma, o aparelho psíquico deve ser entendido como modelo explicativo na nova dimensão semântica que lhe é atribuído, dentro da teoria psicanalítica.
Freud se preocupa com desvendar os elos ocultos que conectavam um evento consciente a outro. De tal modo, o aparelho psíquico poderia ser dividido em dois estados, o inconsciente e o consciente. O consciente se trata apenas de uma pequena parte de tudo o que temos ciente em uma dada ocasião. Entretanto, o interesse de Freud está voltado muito mais para a parte menos explorada da consciência a que ele chama de inconsciente.
Marx e Hillix (1973) explicam que estes operam em dois modos diferentes, enquanto o primeiro é regido pelo processo primário o segundo o é pelo processo secundário. A lógica comum está presente no processo secundário mas não no primário. Um exemplo disso é a falta de lógica dos sonhos que podem ser manifestações do inconsciente.
Sobre o inconsciente Freud diz: "Denominamos um processo psíquico inconsciente, cuja existência somos obrigados a supor - devido a um motivo tal que inferimos a partir de seus efeitos - mas do qual nada sabemos" (1976, v.22, p. 90). Assim, no inconsciente estão aquelas informações instintivas não acessíveis à consciência, mas também estão elementos que foram excluídos ou reprimidos da consciência.
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