Resenha Max Weber Ciencia como Vocação

Max Weber nasceu e teve sua formação intelectual no período em que as primeiras disputas sobre a metodologia das ciências sociais começavam a surgir na Europa, sobretudo em seu país, a Alemanha. É considerado um dos fundadores da Sociologia, e, além disso, foi economista, sociólogo e filósofo. Nasceu em 1864 e morreu em 1920. Realizou extensos estudos sobre história comparativa e foi um dos autores mais influentes no estudo do surgimento do capitalismo e da burocracia, estando situado num tempo de delimitação dos campos do saber e principalmente do surgimento de áreas específicas.
No texto “A ciência como vocação”, o autor começa sua análise a partir de relações externas, comparando a vida acadêmica na Alemanha e nos Estados Unidos. Na carreira alemã dedicada à ciência, os jovens iniciam como meros privatdozent, uma espécie de professor sem salário que não pode ser demitido e que suporta essas condições por alguns anos sem saber se haverá ou não uma promoção. Já na americana, os que escolhem pela carreira acadêmica começam como assistentes e tendo uma humilde remuneração. Por poderem ser demitidos caso não correspondam às expectativas, os jovens buscam sempre ter um grande numero de alunos, o que não acontece na Alemanha. O fator determinante para se tornar professor de uma Universidade era o acaso por meio da nomeação do ministério da educação, e não pelas respectivas qualidades pessoais.
Depois passa a analisar a vocação intima e mostra que em seu lapso temporal a ciência havia entrado num momento de especialização que se dava pela separação das áreas cientificas em áreas especializadas, então, somente através desse processo de especialização rigorosa com a escolha de uma área exclusiva para atuar e a paixão pela ciência que o trabalhador conseguiria chegar a um nível de excelência. A inspiração, importante nas carreiras empresariais, artísticas e etc. também tem seu valor em tal área, que a toma como exigência. Como relatam Ihering e Helmont, esta chega