Resenha: Ciência Como Vocação - Max Weber
WEBER, Max. A Ciência Como Vocação.
Max Weber foi um importante sociólogo, jurista, historiador e economista alemão. Suas principais realizações se encontram no campo de estudos da economia, sociologia política, religião e administração pública, tendo " A Ética Protestante e O Espírito do Capitalismo" sido a sua principal obra, onde estuda a interação de ideias religiosas com comportamento econômico.
"A Ciência Como Vocação" é um texto de sua autoria, escrito em 1919, onde, a partir de uma linha repleta de analogias, disseca de maneira crítica o caminho traçado por aqueles que projetam-se no mundo acadêmico. Weber inicia seu trabalho admitindo, de maneira a advertir seus leitores, um certo pedantismo que lhe é pertinente.
Ao adotar a ciência como profissão, dentro do contexto em que o texto se estabelece, estréia-se normalmente pela função de "Privatdozent", sobre a qual o autor logo traça um paralelo com a função de "assistant", que seria a categoria do principiante acadêmico na América. Prontamente é possível perceber o posicionamento de Weber sobre tal comparação, que persiste no decorrer do texto, quando este alega, tomando partido nacionalista de forma dissimulada, uma aquisição de "direito moral a alguma consideração" por parte do Privatdozent, o que não é válido para o "assistant" que conta com a impiedade do sistema. Esse posicionamento ligeiramente tendencioso é justificável visto o quadro histórico do pós-guerra.
Outro cotejo que é escorçado deriva da variante do grau de ocupação proporcional ao cargo exercido pelo docente, enquanto para o Privatdozent esta é diretamente proporcional, para o assistant é indiretamente, isto é, o primeiro se ocupa menos do que desejaria com a docência enquanto o segundo começa-se com uma sobrecarga incompatível com a experiência do profissional iniciante.
Logo a seguir, fala-se de uma