Resenha Marcuschi
Contudo, os fins do indiano eram religiosos. Segundo o autor, até o século XX, os estudos linguísticos eram motivados por questões religiosas e políticas.
O século XIX, de acordo com Marcuschi, é marcado pela linguística histórica. Os neogramáticos e comparatistas buscavam as leis gerais que subjaziam a todas as línguas.
Certas posturas teóricas desses estudiosos foram agregadas aos estudos de Saussure no século XX, levando o linguista a estabelecer suas dicotomias. Dessa forma, a linguística separa-se das outras ciências e torna-se uma ciência autônoma.
Saussure deu origem à linguística científica. Seus estudos revolucionaram a linguística no século XX. Conforme o autor, Saussure concebeu a língua como fenômeno social, mas sua análise era baseada num sistema de códigos e signos. Logo, a língua era vista de forma sincrônica, em que a fala e seu funcionamento não eram suas reais preocupações.
Marcuschi afirma que o linguista discutiu a existência de um objeto linguístico apenas quando há uma teoria que delimita e o concebe. Assim, Saussure delimita o objeto como de estudo da linguística.
O autor aponta a principal diferença entre Chomsky e Saussure: “pois enquanto para Saussure a linguagem é instituição social e convenção social, para Chomsky a linguagem é uma faculdade mental inata e geneticamente transmitida pela espécie”. (MARCUSCHI.2008.p.32)
Logo após, o autor passa a analisar o funcionalismo, representados pela Escola de Praga, Escola de Copenhague e Escola de Londres. Nesse movimento a preocupação principal dos estudos são os aspectos funcionais, situacionais e comunicacionais no uso da língua.
Marcuschi expõe que o século XX é dividido nitidamente em duas partes quanto à linguística oficial: até a década de 50, em que o behaviorismo e o empirismo dominavam; e a partir de 1960,