Resenha do livro "Gêneros textuais: definição e funcionalidade", de Marcuschi

Referência bibliográfica: MARCUSCHI, Luiz Antônio. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In: DIONISIO, Ângela Paiva; MACHADO, Ana Rachel; BEZERRA, Maria Auxiliadora (org.). Gêneros textuais e ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2002, p. 19-36. Resenha: Marcuschi defende a utilização dos gêneros textuais nas salas de aula quanto ao aproveitamento do texto. Em comparação, acredita que os tipos textuais não são tão adequados para a análise textual, em razão de abordarem uma série de categorias. Tendo isso em vista, inicia seu artigo traçando um panorama histórico a respeito dos gêneros textuais. Divide a criação deles a partir de cinco momentos: o primeiro ocorre com a existência de um povo de cultura essencialmente oral; o segundo trata a partir da invenção da escrita alfabética; o terceiro faz menção à época em que ocorreram as Grandes Navegações – que expandiu também a cultura; o quarto momento se refere ao período relevante da industrialização e, por fim, o autor trata e dá ênfase ao quinto momento, relativo aos dias atuais, que dispõe de uma sociedade que aproveita demasiadamente os gêneros, muito destes surgidos a partir de outros. A respeito disto, o autor destaca a importância da tecnologia, ou “cultura eletrônica”, que certamente facilita a comunicação diária, tão rapidamente divulgada nos dias de hoje. Temos, como exemplos, os telefonemas, as mensagens eletrônicas, as mensagens via celular (sms), os bate-papos virtuais, entre outros. Todas essas novas formas discursivas não tiveram origem do zero, mas sim foram modificadas e, de certa forma, melhoradas para o processo comunicativo. Além disso, esses novos gêneros propiciaram também a redução do obstáculo existente entre oralidade e escrita. A seguir há a distinção entre tipo e gênero textuais, a partir de conceitos semelhantes de Marchuschi e de outros escritores. Enquanto os tipos textuais são utilizados para definir o texto a partir de aspectos linguísticos em comum