Resenha manifesto

434 palavras 2 páginas
Na visão Marxista, toda a história da sociedade humana é impulsionada pela luta de classes sociais, e as revoluções são sempre marcadas pela rivalidade entre elas, sendo, essencialmente, uma que explora e outra que é explorada. Assim, procuram demonstrar como o sistema capitalista torna essa rivalidade ainda mais ferrenha e acirrada, baseando o modo de produção num sistema de exploração não disfarçado, mas declaradamente assumido, visando o lucro como fim em si mesmo, como objetivo maior a ser perseguido a qualquer custo. Neste ponto observamos como o Manifesto continua atual, sendo as palavras de Marx e Engels facilmente aplicáveis aos nossos dias. Mais de um século e meio depois, o regime capitalista só fez aumentar ainda mais a diferença social entre classes, aumentar a pobreza, diminuir as condições de vida dos que trabalham para atribuir riqueza aos que exploram. Deixa explícita a idéia de que para que os ricos existam, é preciso existir os pobres. E que o Estado é tão somente um comitê organizado para defender os interesses da classe dominante, em qualquer sociedade. A revolução tecnológica e cientifica a que assistimos cujos ícones são computadores e satélites e cujo poder hegemônico é a burguesia, não passa de continuação daquela descrita no Manifesto, que “criou maravilhas maiores que as pirâmides do Egito, que os aquedutos romanos e as catedrais góticas; conduziu expedições maiores que as antigas migrações de povos e cruzadas”. Seria um elogio ao dinamismo da burguesia? Para Marx, com o capitalismo, perdem os homens suas relações familiares, perdem suas propriedades afundados em impostos que não lhes voltam em benefícios, perdem o direito de usufruir dos frutos de seu trabalho honesto, sem, no entanto perder a convicção de que são livres. Mas afinal, o que significa ser livre? A idéia de ter mais que seu vizinho é que lhe faz sentir-se livre? O acúmulo de bens dos quais só se necessita no imaginário, é que lhe torna livre?

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