Resenha Manifesto Comunista
Nas épocas anteriores da história, encontramos, quase por toda a parte, uma articulação completa da sociedade em diversos estados. Na Roma antiga, temos: patrencios, cavaleiros, plebeus, escravos; na idade media: senhores Feudais, vassalos, oficiais, aprendizes, servos.
A nossa época, época da burguesia, distingue-se, contudo, por ter simplificado as oposições de classes.
A sociedade toda vez, divide-se cada vez mais, em dois grandes campos inimigos, em duas grandes classes que, diretamente, se enfrentam: burguesia e proletariado.
A burguesia conquistou por fim, desde o estabelecimento da indústria moderna e do mercado mundial, à dominação politica exclusiva no moderno estado representativo.
O moderno poder de Estado é apenas uma comissão que administra os negócios comunitários de toda a classe burguesa. A burguesia despiu da sua aparência sagrada, todas as atividades até aqui veneráveis e consideradas com grande reverencia. Transformou o médico, o advogado, o padre, o poeta, o cientista, em trabalhadores assalariados pagos por ela. Não deixou outro laço entre a humanidade que não, o do interesse “nu”, o do insensível “pagamento a pronto”.
Transformou a dignidade pessoal, num valor de troca. E no lugar das inúmeras liberdades conquistadas pôs a liberdade única, sem escrúpulos, à liberdade de comercio. Numa palavra, no lugar da exploração “encoberta”, com ilusões politicas e religiosas, pôs a exploração seca, direta, despudorada, aberta. Tirando a liberdade de comercio, de compra e da venda.
A necessidade de um escoamento sempre maior para os seus produtos persegue a burguesia por todo o planeta.
Tem de se implantar em toda a parte, instalar-se em toda a parte, estabelecer contatos em toda parte.
As antiquíssimas indústrias nacionais foram/são aniquiladas, diariamente. São desalojadas por novas indústrias, cuja introdução se torna uma questão vital para todas as nações