Resenha livro x santo agostinho
O Livro XI - “O Homem e o Tempo” - possui 30 páginas e é parte da obra “Confissões”, criada por Santo Agostinho, sendo publicada pela editora Nova Cultura e traduzida por J. Oliveira Santos e A. Ambrósio de Pina. O autor inicia este livro pedindo auxilio de seu Deus criador para a compreensão das Leis sagradas e também descreve suas idéias a respeito do princípio da Gênesis do mundo, tendo como referência os escritos de Moisés sobre a criação do céu e da terra. À seguir Santo Agostinho dá início ao objetivo principal do Livro XI e transcreve uma profunda análise filosófica sobre a essência do tempo. Sua pergunta originária a esse assunto é: “O que é o tempo?”. Sua primeira análise é a respeito da existência do tempo que se dá a partir do Criador, através da criação do céu e da terra, pois antes da Gênesis nada existia, inclusive o tempo. Ele afirma que ninguém, a não ser o Criador, pode compreende o tempo. Sendo assim Santo Agostinho acredita que o conhecimento humano possui limites para tentar conceituá-lo e a intuição será a única forma de construir o conhecimento sobre esse tema. O próximo passo de Santo Agostinho para entender o tempo é distinguir o passado, o presente e o futuro. Mas ele se depara com um dilema sobre a real existência do passado, pois ele não é e já não existe. E também o futuro, que é provável e ainda não existe. Porém ele observa que o presente é algo real e só existe porque passa, e nunca se estabiliza. Com isso ele vê que o tempo é um movimento constante, diferentemente da eternidade que é algo estável e imutável. O autor, a partir da idéia de movimento, cria indagações a respeito de como medir o tempo, tendo em vista os conceitos de longo e breve. Porém observa que ele, o tempo, não pode ser medido pelo movimento, principalmente de corpos celestes como o sol e a lua, e pelo contrário é o tempo que mede o movimento do corpo. Santo Agostinho se depara com a necessidade de medir o tempo